Encontrei numa caixa velha, no meio de muita quinquilharia, meu caderno de poesias.
Bateu uma vontade de reler aquelas linhas escritas no auge da minha adolescência, lá pelos meus quatorze anos.
Quanta paixão, quanta dor, quantas palavras de amor.
Foi um encontro comigo mesma, cheguei até a sentir aquelas emoções vividas por uma garota tímida e sensível.
Incentivada pelo meu marido resolvi criar um blog e aqui estou... Espero que gostem.
Benvenuto, sejam todos bem vindos!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Só um grande vazio

Grande peito amargurado.
Grande peito asfixiado.
Pobre leito adormecido.
Pobre ser desconhecido.
Pobre de quem a luz não ilumina.
Só um coração, sozinho.
Só alguém chorando.
Grande pranto derramado.
Grande céu desfigurado.
E as formigas pálidas junto dos pássaros azuis.
Só quem me segue pode saber de minha sombra.
Pobre ancestral,pobre ser incrédulo.
Pobre pópulus, de tão pobre meu cão.
Gatos e galinhas no quintal.
Pobre de mim, solidão.
(12/04/1980)

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